segunda-feira, 18 de maio de 2009

A 1ª Geração

(Por Flávio Hora)

Seu Dóia, principal patriarca da família Hora, era conhecido como rezador (espécie de curador) e festejador religioso. Contam os mais velhos que as festas mais famosas da Varginha eram as que ele formava, principalmente as novenas, acompanhadas do pífano e do terno de zabumba. Nessa época seu filho, Tati (apelido de Noberto da Hora) começou a ensaiar os passos para se tornar mais um dos herdeiros musicais da Banda.
Segundo os filhos de Dóia que ainda estão vivos como D. Caçula, o Velho Dóia não foi o primeiro a por festas religiosas. Não se sabe ao certo, mas Seu Dóia aprendeu com seus pais a realizar as chamadas "venas" ou a cerimônia mais respeitosa da festa, geralmente dedicadas ao padroeiro ou Santo do dia.
Oficialmente, a primeira geração corresponde à Banda até Seu Dóia, ou seja, o pai. E assim segue: os fihos formam a 2ª, os netos a 3ª (atual) e os bisnetos formariam a 4ª. Porém, costuma-se contar à partir dos filhos, ou seja, os bisnetos são a terceira geração.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

MAIS DE 100 ANOS DE HISTÓRIA




























3ª Geração


HISTÓRICO


Surgiu como principal animação das novenas e festas tradicionais da região de
Japaratuba. Existente a mais de 100 anos foi iniciada pela família Hora, no Povoado
Encruzilhadas, com o chamado Terno da Zabumba, antigo nome dado ao conjunto por causa
do acompanhamento com instrumentos rústicos como o zabumba (tambor rústico), a caixa e
o pífano (flauta transversal rústica). A banda era composta por no mínimo três pessoas.

As principais e mais famosas novenas são as realizadas durante a Quaresma culminando na de Sexta-Feira da Paixão e a de Santo Antônio em Junho. Todas realizadas na residência do Velho Dóia, antes no Sítio Varginha e hoje na casa de seu Aguinaldo, genro do velho (esposo de D. Caçula, filha de seu Dóia).
Os mais conhecidos tocadores, em sua maioria, eram ou são filhos e netos do velho
Dóia, como Tati (pífano) e Zé de Dóia, os netos Jailson, João de Zé de Dóia, Loló, Brisdo,
Oliveira, além de parentes como Luís, Zé Paulo e os amigos Bruno Paulo (pífano), Pelado,
Viado, Rael e Vasso. Após a morte dos filhos de seu Dóia a Banda continuou com os demais
componentes.


Jailson da Hora é o principal tocador e herdeiro da tradição do pífano, pois os
demais só tocam zabumba ou a gaita (flauta). Toca desde os sete anos de idade, tem
habilidades tanto no pífano como na caixa e no zabumba. Seu par era o seu irmão Brisdo que
deixou o grupo em 1975. Hoje, o pífano é acompanhado por Vasso.



Em 2006, entrou na Banda dois amigos da família, do povoado Sibalde, os senhores
Manuel, conhecido como Mané Boi que toca bange (cavaquinho)e Gilbertinho. Atualmente, a
Banda conta com 8 componentes, são eles, apesar de se poder se apresentar com apanas 4 deles, dois pífanos, zabumba e a caixa:



Responsável: Flávio de Jesus Hora
1. Jailson (tocador de pífano, caixa e zabumba);
2. Vasso (segundo pifanista);
3. Israel (caixa);
4. Loló (zabumba);
5. Gilberto (triângulo);
6. Aguinaldo (caixa/zabumba);
7. João (gaita/caixa/cavaquinho);
8. Ivanildo (Zabumba).



A Banda já se apresentou em várias localidades do município, entre os anos 1985-90
se apresentou na igreja matriz na Festa de Santos Reis e desde 2006 no Festival de Artes
Arthur Bispo do Rosário, inclusive nas cidades de Aracaju (2008), Divina Pastora(2006) e em
Laranjeiras (2009) e em Pirambu, no povoado Alagamar.



Antigamente, a banda se apresentava pelo simples prazer de manter viva tradição de
seus antepassados, sendo dependente de transporte e alimentação por parte convidantes. Hoje,
o grupo com mais popularidade e despesas já recebe cachê.

Por causa da Banda ter atravessado gerações, os atuais componentes concordaram
em batizar com o nome “De Geração em Geração”, mas a tradição corre o risco de
desaparecer pois, os bisnetos de Dóia ainda não ingressaram na carreira pifânica.



CONTATOS: (79) 3272-1656/9927-8239/9952-3058.